sexta-feira, 25 de março de 2011

Trocar de estágio com frequência nem sempre é vantajoso

O mercado pode fazer diversas leituras de um jovem que fez muitos estágios: ele pode querer desafios ou ser instável.

Infomoney

Ainda que o período da faculdade seja o melhor para que os estudantes tenham experiências diversas no mercado de trabalho, pular de estágio em estágio em um curto espaço de tempo pode prejudicar o início da carreira do estudante, dependendo da área e da empresa onde ele almeja atuar.

Ficar menos de seis meses estagiando em uma empresa, na avaliação dos especialistas consultados - o superintendente do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágio), Carlos Alberto Cavalheiro, e a consultora da Cia de Talentos, Maria Cristina Barbosa -, não é o suficiente para que o estudante faça dessa experiência válida.

“Em menos de seis meses, o estudante não consegue mostrar o que ele sabe e quem ele é. Ele não consegue mostrar resultados”, afirma Cavalheiro. “A partir de seis meses, ele consegue absorver a cultura e os processos da empresa. É um período mínimo”, considera Maria Cristina.

As leituras do mercado

Apesar disso, a consultora acredita que o fato de muitos estudantes terem várias experiências no currículo não demonstra apenas aspectos negativos. "A leitura que o mercado pode fazer é que esse estudante busca desafios e aprendizado", afirma Maria Cristina.

De fato, como está em período de experimentação, o estudante pode multiplicar essas experiências e mudar constantemente em busca da vaga de seu interesse. Isso é natural. "O estágio é um período de aprendizado. É ele que oferece embasamento para esse jovem", diz.

Cavalheiro, por outro lado, alerta os estudantes que exageram no direito de ter novas experiências. "Em dois ou três meses não dá para aprender o trabalho. E isso é preocupante para a carreira desse jovem, porque essas mudanças contínuas podem ser interpretadas como instabilidade", acredita. "Ele tem de dar um tempo para amadurecer no trabalho".

Para o especialista, se a questão for desafios, cabe à empresa estimular esse jovem e acompanhar seu desenvolvimento para que ele permaneça tempo suficiente para aprender algo.

Os especialistas ponderam que as possíveis leituras que o mercado faz do estudante que muda constantemente não são estanques. “Uma empresa mais conservadora pode não contratar esse jovem. Mas uma que tenha um estilo mais dinâmico pode avaliar de outra forma”, considera Cavalheiro.

Antes da mudança

Independentemente da leitura que se pode fazer de um estudante com esse perfil, antes de optar pela mudança, os jovens em início de carreira devem fazer algumas ponderações. “Até parece algo óbvio, mas eles precisam ver o que estão aprendendo na empresa”, avalia Maria Cristina, da Cia de Talentos.

Para a consultora, os estudantes precisam ter visão de futuro e tentar perceber o quanto aquela experiência pode ser válida em decisões profissionais futuras. Para Conselheiro, do Nube, uma conversa com amigos e professores pode ajudá-los na hora de decidir entre ficar e sair da empresa.

Afinal, se em poucos meses não é possível assimilar experiências concretas, tampouco é suficiente para perceber se o trabalho será válido e agradará o estudante. “Quando o candidato gosta do trabalho e se identifica com a empresa, ele fica mais tempo”, ressalta Maria Cristina.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Coaching: diferencial na formação profissional e desenvolvimento pessoal Ferramenta para transformar vidas e corporações


Nos últimos 10 anos o coaching se firmou, cresceu, ganhou respeito e notoriedade, não por acaso, mas sim por todos os resultados que têm trazido à vida de milhares e milhares de pessoas, no Brasil e no mundo. O coaching ajuda as pessoas a transformarem sonhos em realidades e objetivos em realizações.

O 7º livro da Coleção Ser+ abordada o coaching das mais diversas formas, com enfoques completamente diferentes, porém muito complementares. Com alguns dos melhores profissionais do mercado, apresentamos uma série de conhecimentos e argumentos que possibilita o aprofundamento para aqueles que já conhecem o assunto e todo conteúdo foi colocado de forma didática para facilitar o entendimento daqueles que ainda não conhecem o assunto.

No mundo moderno, atingir resultados tornou-se mais do que uma necessidade, quase uma obrigação. O coaching hoje é reconhecido como uma técnica poderosa e eficaz. Mostrou-se extremamente importante tanto no mundo corporativo como para pessoas em geral que buscam formas de melhorar sua vida e atingir os resultados desejados. Mostramos o quanto o coaching pode trazer mudanças expressivas em sua vida e em sua empresa, se aplicadas com disciplina, determinação e ousadia.

Nesse livro você vai aprender o que é coaching e como colher os benefícios dessa poderosa técnica; como desenvolver os conceitos básicos do coaching nas mais diversas áreas da sua vida; dicas e estratégias de como atingir seus objetivos; a melhorar sua qualidade de vida, com maior eficácia comportamental; a fazer do coaching uma ferramenta de realização pessoal e profissional.

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quarta-feira, 23 de março de 2011

O que é valorizado fora do currículo?

Especialistas em Recursos Humanos e gestores de grandes empresas falam sobre quais atividades extracurriculares podem influenciar na escolha de um candidato em processos seletivos.

Por Fábio Bandeira de Mello, Revista Administradores

Muito se fala do que é preciso ter no currículo para obter um diferencial ao concorrer uma vaga - dominar outro idioma, fazer uma pós-graduação, realizar cursos, experiência em estágio – mas, será que isso é o suficiente para sobrepor um candidato dos demais concorrentes? Tom Peters, considerado um dos mais renomados especialistas corporativos do mundo e avaliado como o "guru dos gurus" pela revista Fortune e "superguru" pela The Economist, relata que o perfil de contratação dos profissionais pelas empresas vem se alterando com o passar do tempo.

Na opinião de Peters, estamos entrando em uma nova era voltada para o relacionamento. "O profissional do futuro não deve ter apenas um MBA e ser um cara limitadamente de resultados. É preciso ter algo peculiar, voltado para o social, por exemplo, mas que agregue novos valores para a empresa". Nesses casos, algumas informações adicionais que não estão no currículo, podem ser determinantes na escolha do candidato na hora da entrevista.

Há quem concorde com esse pensamento e aqueles que discordam. Por isso, consultamos especialistas em Recursos Humanos e diretores de recrutamento de grandes empresas no Brasil. Eles falam sobre o que valorizam nos profissionais na hora de contratar que não necessariamente está exposto no currículo, mas pode ser decisivo na escolha de um candidato.

Telma Rodrigues, Diretora de Gestão de Pessoas do Magazine Luiza

(Gigante rede do varejo no Brasil fundada há mais de 50 anos)

"Nos processos seletivos do Magazine Luiza, sempre procuramos aliar a formação acadêmica e experiência aos aspectos comportamentais e aos valores do candidato, sem privilegiar este ou aquele critério. Um profissional de sucesso, no nosso entender, é aquele que apresenta uma formação acadêmica consistente (Graduação, Pós-Graduação, MBA, etc), mas que também tenha valores sólidos, principalmente aos ligados à ética, que saiba trabalhar em equipe e tenha um profundo respeito pelas pessoas".
Rodrigo Pacca, Gerente de Recrutamento e Seleção da Ambev

(Empresa de bebidas da América Latina, sendo a 5ª maior do mundo)

"Sem dúvida, uma vivência internacional é sempre desejável. Mas nem toda experiência no exterior chega a ser um diferencial significativo para a carreira. É importante que essa experiência esteja ligada a algo fora do lugar comum e que possa de fato agregar à sua vida profissional. Pode ser um curso em uma área específica ou um projeto social, por exemplo. Participar de atividades de cunho social, aliás, também é muito desejável, seja em programas de voluntariado ou outros tipos, mas que tenha impacto na comunidade e ajude as pessoas".

Marcelo Abrileri, Presidente e Sócio-Fundador da Curriculum

(Empresa voltada para soluções de recolocação profissional online)

"Em muitos casos o diferencial competitivo não está mais na formação ou mesmo nos cursos de graduação, pós e MBA. Hoje as empresas precisam de muito mais do que apenas profissionais formados ou com algum conhecimento. Elas precisam de profissionais capazes de ofertar várias outras competências importantes simultaneamente, sendo que a formação é apenas uma delas. Essas competências estão relacionadas ao conhecimento e facilidade de aprender com os outros; aos valores morais e éticos; ao comportamento no trabalho; e às capacidades diversas como criatividade e comunicação."
Izabel Azevedo, Gerente de Recursos Humanos da Nestlé Brasil

(Uma das maiores empresas mundiais no ramo de alimentos e nutrição)

"Procuramos profissionais que, além dos requisitos básicos para uma determinada posição, tenham competências de liderança e relacionamento para contribuir com o alcance dos resultados e também com um bom clima organizacional. Na Nestlé, tão importante quanto atingir os resultados é a forma como eles são alcançados. Valorizamos o trabalho em equipe, a iniciativa e a integridade dos colaboradores. Também é um diferencial a preocupação com a sustentabilidade e a responsabilidade social".

Marcelo Cuellar - Gerente da Divisão de Recursos Humanos da Michael Page International Brasil

(Player mundial em recrutamento especializado de candidatos em middle e top management)

"As atividades extracurriculares serão consideradas importantes em um processo seletivo se levarem o profissional a desenvolver novas competências e habilidades que serão importantes para o crescimento e sustentação da organização no curto, médio e longo prazo. Um blog também pode ser considerado uma atividade interessante, que poderá ou não estar ligada à atuação corporativa do profissional".

terça-feira, 22 de março de 2011

Quatro dicas para você tomar as rédeas da sua carreira

Normalmente, algumas pessoas projetam desastres iminentes que jamais acontecerão.

Por Dalmir Sant'Anna, www.administradores.com.br

No parque do Beto Carrero World, observo atentamente, dois jovens a minha frente, na fila da montanha russa. Empolgado, um deles tenta convencer o colega temeroso a passear no brinquedo radical. Desperta minha atenção, a maneira como os pensamentos negativos ocultam a oportunidade de sentir algo novo. O colega empolgado enaltece sua alegria, enquanto o temoroso insiste em falar que faltará energia elétrica, que ele vai sofrer um desmaio ou irá chover no momento que o brinquedo realizar um dos cinco loopings.

Diante dos estudos que realizo sobre o comportamento humano, constato que normalmente, algumas pessoas projetam desastres iminentes que jamais acontecerão. Pensam de maneira negativa antes de realizar qualquer atividade. Mas, quem manda na sua vida? O medo é maior do que sua capacidade de descobrir novas oportunidades na vida? Confira quatro razões para acreditar que quem manda na sua vida é você!

Sorrir faz bem a saúde – Um sorriso é um convite de aproximação. Uma pessoa com excelente astral apresenta menos problemas emocionais. Quando você sorri, faz entrar e sair mais ar dos pulmões, do que durante a respiração regular, estimulando a circulação sanguínea. As bochechas se contraem e o sangue que corre pelo cérebro se esfria. Essa corrente sanguínea passando pela cabeça é um dos responsáveis pela sensação de bem-estar. Que tal um sorriso agora?

Confie mais no seu potencial – Quando você era criança, para aprender a andar de bicicleta, foi preciso demonstrar confiança em si e como resultado, sentir a sensação de pedalar descobrindo novas emoções. O que impede de encontrar dentro de você a força impulsionadora para uma maior confiança?

Não tenha medo – O poder destrutivo do medo ocupa na mente do ser humano um significativo espaço que poderia ser ocupado com alegria, esperança e capacidade de transformação. Fortaleça diariamente sua autoestima, acredite nas suas competências e tenha como hábito escolher pensamentos produtivos e otimistas.

Pare com as desculpas – A cada novo amanhecer, procure lembrar que desculpas não tornam você uma pessoa vitoriosa. A ausência de uma atividade física não pode mais ser justificada com desculpas. Sentimentos como bom humor, coragem, energia positiva, felicidade e otimismo são essenciais para quem deseja substituir desculpas por resultados.

Comentei no início do texto sobre os dois jovens que estavam a minha frente na montanha russa. Ao contrário de curtir o momento e aproveitar a sensação indescritível do sobrevoo que o brinquedo proporciona, o jovem demonstrou nítida falta de confiança. Agora responda: qual dos dois jovens seria você? Lembre sempre de um provérbio alemão que diz: "O medo e uma desculpa fazem o lobo ser maior do que realmente é na realidade". Quando as desculpas, o medo e a falta de confiança pensarem em dominar você, com convicção, mostre quem é que manda na sua vida, combinado?


Dalmir Sant'Anna – Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais" e do DVD com o tema "Comprometimento como fator de Diferenciação". Visite o site: www.dalmir.com.br

segunda-feira, 21 de março de 2011

Êxito no mundo corporativo não garante sucesso em futura carreira acadêmica

É necessário que o profissional aja com ponderação, critério e planejamento para fazer uma transição como essa.

Deixar o mercado executivo para ingressar em uma carreira acadêmica é uma aposta muito comum entre executivos, gerentes, CEOs (Chief Executive Officer) e diretores de empresas de diversas áreas. Trata-se de uma mudança complexa de ação, ambiente, proposta e ritmo de trabalho que requer reflexão.

Segundo a professora da área de gestão de pessoas da FIA, Elza Veloso, esse movimento dos empresários rumo às salas de aulas é uma tendência. "E como toda tendência, tem algumas armadilhas", alerta.

Segundo a docente, é necessário que o profissional aja com ponderação, critério e planejamento para fazer uma transição como essa. "O primeiro aspecto é verificar se o profissional realmente tem aptidão para a carreira acadêmica, provocando para si próprio situações para testar esta aptidão. Ele conseguirá ler e escrever em linguagem acadêmica? Conseguirá trabalhar com a exposição diária a uma turma de alunos? São pontos que devem ser avaliados", analisa.

Mudanças

A especialista alerta também que toda mudança de trajetória é um processo lento e que requer paciência, sobretudo quanto à adaptação da rotina em novas funções e à necessidade de recomeçar uma trajetória para alcançar o grau de reconhecimento conquistado na empresa.

Elza recomenda, inicialmente, a busca por um curso de mestrado. "O ideal é que ele ingresse em um mestrado profissionalizante, e comece a exercitar essa transição para a carreira acadêmica. Sem um curso de mestrado, será difícil que ele tenha aceitação inicial em alguma universidade de forma imediata", explica.

Elza dá mais uma dica para aqueles que desejam sair do mercado corporativo em direção a salas de aulas: é necessário humildade. "É até comum vermos pessoas que passaram por muitas situações e momentos no mundo corporativo terem alguma restrição ao aprendizado. Muitos têm a sensação de que sabem até mais do que os próprios professores", analisa. Essa postura, diz a especialista, compromete o desenvolvimento dos potenciais futuros docentes.

Outra dificuldade, alerta Elza, é que os executivos devem entender que seu histórico profissional não será simplesmente retransmitido quando ele entrar em sala de aula. "Esse é outro desafio. O profissional terá de começar de baixo novamente e tudo vai depender dos acessos que ele tem, escolhas que ele fizer e projetos que desenvolver".

Perfil

Nem todas as características que fazem um gerente ou diretor ser reconhecido terão direto respaldo no mundo acadêmico, assim como nem todas as suas dificuldades no mercado onde atuava são transferíveis para o mundo das universidades. "Um bom professor tem que saber fazer o link entre o prático e o teórico, com bons subsídios nos dois campos. Não basta ter sido um grande empreendedor para dar uma boa aula", detalha.

Outra diferença que um executivo pode sentir na troca de área é a salarial. "Tudo depende de como ele pretende conduzir sua carreira acadêmica, se paralela à de consultor, para complementar a renda, ou se a docência e pesquisa será sua principal fonte de recursos. Neste caso, para obter um retorno maior, é necessário fazer um investimento também maior, e de mais longo prazo, como partir para um doutorado, investir em pesquisa etc".

sexta-feira, 18 de março de 2011

Todo mundo precisa de um Coach!


"Recebi tantos conselhos que não sei por onde começar. Um que vem a mente é ter um Coach. Em 2002, John Door, disse: 'você precisa de um Coach'. E eu disse: 'Bem, eu não preciso de um coach, sou um CEO (Chief executive officer ou Diretor Executivo) estabilizado, para que eu precisaria de um Coach, tem algo de errado?' Ele disse: 'Não, não, você precisa de um Coach, todo mundo precisa de um Coach.' Então o Bill Campbell se tornou o meu Coach e serviu muito bem ao Google. Todo atleta famoso tem um Coach, todo artista famoso tem um Coach, alguém para observar o que você está fazendo e dar a eles uma perspectiva. Uma coisa que as pessoas nunca são boas é olhar para elas como as outras a enxergam. Um Coach realmente ajuda." (parte da entrevista de Erich Schmidt, presidente da Google)

Bem, agora realmente atuando como Coach (não 100% do tempo ainda, mas a caminho disto), gostaria de explicar um pouco mais sobre o que é este processo, os benefícios que ele lhe traz e como isto pode mudar sua vida. Convido-lhe a passar 5 minutos comigo aqui lendo este texto e acreditar que realmente tudo está ao seu alcance.

Coaching é um processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre coach (profissional) e coachee (cliente) onde o coach apóia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e desenvolvimento de competências, como também do reconhecimento e superação de adversidades (Definição de José Roberto Marques).

Se fôssemos definir coaching em apenas uma palavra, esta seria: RESULTADO.

Um processo de coaching aumenta o resultado de seus clientes em diversas áreas da vida do cliente (tanto pessoal como profissional). Um processo de coaching bem conduzido e em real sintonia entre coach e coachee gera:

- Felicidade e prosperidade
- Qualidade de vida, saúde e diminuição do stress;
- Relacionamento e comunicação;
- Autoconhecimento e emoções;
- Planejamento e habilidades.

O processo de Coaching tem foco em apoiar as pessoas a avançar em relação às suas metas mais importantes, realizar seus objetivos e criar a versão do coachee de vida ideal e da carreira ideal. O foco é nas possibilidades futuras e como transformá-las em realidade. COACHING NÃO É TERAPIA.

E quanto ao coaching em números? Está em tendente crescimento e não há como parar. No Brasil, a cada dia passa a ser mais visto e procurado este profissional. Se ainda há dúvidas sobre o porquê você deve ter um coach, elas acabam por aqui.

--- Executivos indicam melhoria significativa com Coaching ---

Uma recente pesquisa (PUC CAMPINAS) realizada com 10 executivos que passaram pelo processo de Coaching aponta que 100% aperfeiçoaram a capacidade de ouvir, 80% melhoraram a flexibilidade, 80% aprenderam a aceitar melhor as mudanças e 70% evoluíram a capacidade de se relacionarem. (Fonte: Revista Você S/A)

E ainda um breve relato sobre o retorno quantitativo do Coaching com executivos relatam (fonte: Revista Fortune):

- Melhor relacionamento de trabalho com os subordinados: 77%
- Melhor relacionamento com o chefe: 71%
- Melhor relacionamento com pares: 63%
- Aumento do nível de satisfação com o trabalho: 61%
- Aumento de comprometimento com a empresa: 44%

Vamos a mais algumas informações interessantes?

- Mais de 40 mil executivo possuem Coaches nos Estados Unidos;
- 88% das empresas do Reino Unido utilizam ou já utilizaram os serviços de um Coach;
- Mais de 70% das empresas Australianas já se beneficiaram da metodologia de Coaching
- Nos EUA, segundo o jornal Executive Channel, mais de 40% dos executivos já passaram pelo processo de Coaching. O método é tão difundido, que muitas empresas oferecem o serviço de Coach como benefício do cargo.
- Um estudo publicado no Public Personnal Management Journal concluiu que os executivos que participaram de treinamentos gerenciais aumentaram em 22,4% sua produtividade. E aquele que tiveram Coaching, após esse mesmo treinamento, aumentaram sua produtividade em 88%.

Ainda tem duvidas de que um Coach pode resignificar sua vida, reescrever sua história e lhe trazer resultados maravilhosos? Convido-lhe a acreditar que isto é possível, pois antes de escrever tudo isto, uma experiência única, maravilhosa e especial, resignificou a minha vida.

"O passado, presente e futuro encontram-se aqui e agora! Sim, é possível viver 10 anos em 3 meses, reviver uma vida em tão pouco tempo. E o mais importante! É possível encontrar-se, intimamente, com o que há de melhor em você."

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mulheres se sentem mais culpadas em trabalhar no horário de folga

Mulheres se sentem culpadas por lidar com questões de trabalho em casa, mesmo quando o contato não interfere na vida familiar.

Infomoney

Desenvolvidas, entre outras funções, para facilitar a vida dos executivos, as tecnologias de comunicação (celulares, smartphones e iPads) parecem provocar efeitos bem distintos entre homens e mulheres.

Uma pesquisa da Universidade de Toronto (Canadá) pediu aos participantes para que informassem quantas vezes foram contatados fora do trabalho por telefone, e-mail ou mensagem sobre assuntos corporativos. Os pesquisadores descobriram que as mulheres que foram contatadas frequentemente por supervisores, colegas ou clientes relataram níveis mais elevados de estresse psicológico. Em contraste, os homens que receberam contato de trabalho fora do expediente foram menos afetados.

"Inicialmente, avaliamos que as mulheres foram mais atingidas pelo contato profissional por conta da interferência em suas responsabilidades familiares", afirma o autor do estudo, Paul Glavin.

Os resultados mostram que muitas mulheres se sentem culpadas por lidar com questões de trabalho em casa, mesmo quando o contato profissional não interfere na vida familiar. Os homens, por outro lado, são menos propensos a sentir culpa ao responder questões relacionadas com o trabalho, em casa. O estudo analisou dados de 1.042 homens e mulheres na faixa dos 40 anos, casados e com filhos. Os entrevistados tinham renda anual média de 60.000 dólares (mulheres) e 75.000 dólares (homens).

Opinião

Para o diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa, a mesma tendência acomete as executivas brasileiras das diversas áreas profissionais.

"Por mais que a mulher esteja presente nas empresas e no alto escalão, ainda existe um senso diferenciado quanto ao âmbito familiar", aponta o especialista. "Não significa, entretanto, que mulher tem mais ou menos senso de responsabilidade do que o homem na empresa, mas que ela preza pela família e pela qualidade de vida de forma mais intensa", completa.

De acordo com o especialista, essa exposição feminina vem de gerações passadas, que eram completamente ligadas ao interior da família.

"A mulher preserva o próprio espaço, quer se cuidar e poder viver a vida social. Os homens, em contrapartida, sentem-se mais importantes em resolver questões profissionais na hora do lazer", conclui Raffa.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Para 93% dos profissionais, inglês comercial é essencial para obter uma promoção

Segundo o levantamento, nos últimos três anos, a necessidade do uso do inglês regularmente no trabalho aumentou cerca de 7% em todos os mercados do mundo.

Infomoney

Pesquisa realizada pela GlobalEnglish Corporation com 26 mil funcionários de empresas multinacionais revelou que 93% dos profissionais disseram que o inglês comercial é necessário ou importante para obter uma promoção.

Percentual semelhante, de 92%, foi observado na resposta daqueles que entendem que o "idioma corporativo" é tão necessário ou importante para o trabalho.

Segundo o levantamento, nos últimos três anos, a necessidade do uso do inglês regularmente no trabalho aumentou cerca de 7% em todos os mercados do mundo.

Em contrapartida, ainda conforme dados apurados pelo estudo, somente 7% dos profissionais entrevistados afirmaram ter um nível de proficiência suficiente na língua.

China, Brasil e México representaram a maior parte dos entrevistados. Embora sejam mercados emergentes, onde a demanda de funcionários qualificados está aumentando, muitos profissionais continuam não tendo a habilidade de inglês para o trabalho nas corporações multinacionais.

Expansão

De acordo com o vice-presidente executivo da GlobalEnglish Corporation, Tom Kahl, 55% dos funcionários das empresas multinacionais indicaram ser necessário usar o inglês diariamente na comunicação interna e externa na companhia.

"Considerando que a maioria das conversas em inglês atualmente é realizada entre duas pessoas cujo idioma nativo não seja o inglês, as empresas internacionais que não estejam aumentando a proficiência do inglês comercial diminuem o nível de performance da organização", afirma o executivo.

A importância da língua inglesa comercial também fica evidente em outra pesquisa, da Towers Watson, chamada Retorno de Investimento de Comunicação.

O resultado é claro: as empresas que possuem comunicadores altamente eficazes têm um retorno total 47% mais alto para os acionistas durante um período de mais de 5 anos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Veja 5 fatores que podem atrapalhar sua empregabilidade

Para especialista, quem manda currículos mas não é chamado para entrevistas pode estar com problemas na empregabilidade.

Infomoney

Você sabe o que é empregabilidade? De acordo com o consultor de coaching da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Jonas Tokarski, é o conjunto de qualidades de quem é empregável; e são fatores relacionados à empregabilidade que podem afetar, ou não, as chances de um profissional ser chamado para uma entrevista.

Em outras palavras, quem manda currículos, mas não é chamado para entrevistas, pode estar com problemas na empregabilidade.

Problemas

Ainda segundo Tokarski, são diversas as ocorrências que podem impactar a empregabilidade de alguém, contudo, cinco se destacam. Veja a seguir:

Vocação: o profissional, diz o especialista, primeiramente necessita avaliar se gosta do que faz e do que está sendo proposto pela empresa. Pois, ao gostar do que se faz, as realizações tornam-se mais fáceis;

Competências: após checar se gosta ou não do que faz, é necessário fazer uma análise das competências. Você atende às exigências da empresa? Neste sentido, observa Tokarski, a pessoa deve checar a preparação acadêmica, o domínio de idiomas e a atualização constante dos conhecimentos. “Hoje em dia, após dois, três anos do último curso, o profissional já é considerado desatualizado”

Marketing pessoal: não tem jeito, o mundo atual exige uma boa imagem. Dessa forma, diz o consultor, é necessário construir uma boa imagem no ambiente corporativo e entre os profissionais do ramo para aumentar a empregabilidade;

Contatos: apesar do Brasil ainda não ter uma cultura consolidada de networking, diz Tokarski, manter contato com os colegas de profissão é essencial para aumentar as chances de um bom emprego – neste sentido, as redes sociais são grandes aliadas -, sendo que, para agregar contatos ao networking, é necessário fazer cursos.

“O ideal é que a pessoa tenha um bom relacionamento com amigos, se faça lembrar, não esquecendo de cumprimentar as pessoas em datas importantes, como aniversário, por exemplo. O importante é sempre manter as pessoas por perto”.

Saúde: por fim, avalia o especialista, o profissional precisa dar atenção especial à saúde, pois “ o entrevistador percebe se a pessoa tem problemas neste sentido, se está desatenta ou com sono, por exemplo”.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Qual é a chave para o sucesso profissional?

Equilíbrio é fundamental.

Por Denis Mello, www.administradores.com.br

Bem-sucedido, em um curto espaço de tempo viu a expansão dos negócios vinda na esteira de longa e exaustiva jornada de trabalho, conta bancária polpuda e várias propriedades (algumas com cômodos que nunca pisou). Ganhou o prêmio "Empresário do Ano" de uma entidade de classe. Parodiando Barack Obama, já que falamos em sucesso, "ele é o cara".

A conversa sai do campo dos negócios, vai para as amenidades e – um pouco mais confortável – falamos sobre a vida pessoal. Para variar, falo sobre meus netos e as últimas estripulias que tanto alegram a família. Percebo uma mudança na expressão dele, um vinco na testa e um longo suspiro. Com a voz embargada, diz que a família se esfacelou enquanto construía um império. Separou-se, mal vê os filhos e brigou com os irmãos que insistiam em ocupar lugar de destaque em uma de suas empresas. Enfim, "ele é o cara..." triste e solitário.

Uma pergunta volta à minha mente: o que é sucesso profissional? Respostas clichês logo aparecem: "dinheiro não trás felicidade" ou "o topo é um lugar solitário". Entretanto, estas frases de almanaque, que povoam o imaginário coletivo, não se adaptam ao executivo que está à minha frente ou ao homem moderno. Vivemos em uma sociedade altamente competitiva, onde crianças já leem aos três anos e têm uma agenda tão atribulada quanto a minha (inglês, judô, vôlei, natação, música... ufa!). Na adolescência, fazem intercâmbio e são pressionados a entrar em faculdades de primeira linha. Por quê? Cursar uma instituição renomada seguiria a trajetória iniciada na infância rumo ao sucesso profissional.

Repare que esse caminho tem apenas uma linha, a que traça a profissão. Não há trilhas para a vida pessoal – família e amigos. Se existem, são tão leves que não as enxergamos. Se perguntarmos a um jovem universitário o que espera da vida, fatalmente, responderá: "Felicidade!" Mas qual felicidade ele objetiva e como pretende alcançá-la? Um dos homens mais ricos do mundo, o megainvestidor Warren Buffet diz que "o objetivo da vida é ser amado pelo maior número de pessoas possível entre aquelas que você deseja que amem você".

Céticos dizem que é fácil falar de amor quando se é bilionário. Mas não é essa tal felicidade que faz tanta falta ao meu amigo empresário aqui referido e que só se deu conta ao atingir o topo? Buffet, por exemplo, mora na mesma casa desde 1958, não tem celular nem computador na mesa e dirige o próprio Cadillac DTS. Penso que seria, talvez, uma estratégia dele para preservar a família e, assim, estabelecer um equilíbrio entre o pessoal e o profissional. Se o fez de caso pensado, não sei, pois não sou amigo ou confidente de Buffet, mas ele nos dá uma boa pista.

Não estou aqui defendendo a aposentadoria de celulares e computadores ou o menosprezo da carreira. É legítimo almejar o crescimento, bons postos e salários, o reconhecimento profissional e todas as justas e merecidas benesses advindas de muito estudo e trabalho. No entanto, os profissionais deveriam aprender também a fazer um planejamento estratégico da vida pessoal – está aí uma boa disciplina para as universidades – criar um projeto de vida que corra paralelo à carreira e que agregue familiares e amigos.

De forma bem pragmática, um profissional que apresente tal harmonia é mais produtivo, integra-se ao grupo com maior facilidade e dificilmente ficará afastado devido às doenças modernas (depressão, síndrome do pânico ou outros distúrbios).

Faço aqui uma reflexão porque somos treinados e preparados para alcançar a "felicidade" profissional, a qual, muitas vezes, está dissociada ou se sobrepõe à pessoal. Somos um ser único, com múltiplas necessidades e habilidades. Como sentenciou há muito tempo o matemático Blaise Pascal, "o homem é um ponto entre duas extremidades".

Agora, ouso a responder à pergunta que intitula esta matéria: o equilíbrio é a chave do sucesso!

Até a carta de abril!


Denis Mello - diretor-presidente do FBDE | NEXION Consulting - www.fbde.com.br - Consultores e Auditores em Marketing, Vendas e Gestão Empresarial. E-mail: diretoria@fbde.com.br. Siga: twitter.com/fbdenexion / twitter.com/denismello

sexta-feira, 11 de março de 2011

Saiba mais sobre o novo formato de currículo 3.0

Mudança vem sendo inicialmente implementada pelos profissionais vinculados às áreas de criação, design, propaganda e publicidade.

Infomoney

O jeito de desenvolver um currículo vem saindo do tradicional para pegar carona na inovação tecnológica. É o chamado currículo 3.0, que adequa vídeos, infográficos e até postagens nas redes sociais em um único material.

A mudança vem sendo inicialmente implementada pelos profissionais vinculados às áreas de criação, design, propaganda e publicidade.

"Este é um momento de mudanças nos currículos, pois existem profissionais que inovam na hora da apresentação. A princípio, este movimento está sendo realizado pelos profissionais de criação", afirma o gerente de Marketing e Vendas no Rio de Janeiro da Robert Half, Jorge Martins.

Liberdade e informação

O currículo 3.0 dá mais liberdade ao profissional na hora de montar o seu próprio perfil corporativo, o que não o exime de seguir padrões básicos, como passar clareza e fácil entendimento a quem for ler.

"Por mais que a gente tenha um conhecimento grande do mercado, os RHs [Recursos Humanos] são bastante criteriosos na hora da seleção. Se você fizer um vídeo contando sua trajetória, por exemplo, mas não colocá-lo de forma fácil, a chance de ser dispensado é grande", explica o especialista.

E completa: "Percebo que as pessoas que fazem currículos diferenciadas são aquelas voltadas para publicidade. Para os outros tipos de profissionais, não recomendo fazer um currículo fora do padrão", completa Martins.

Basicamente, as empresas mais formais, que atingem áreas "comportadas", cuja criação além dos limites está fora das principais metas, podem não ser um boa opção para o currículo alternativo.

Digital

A necessidade de o mercado contar com profissionais mais modernos, especialmente aqueles que focam o desenvolvimento de marca e relacionamento com o cliente, abriu as portas para o currículo 3.0.

"As pessoas podem contar por meio de infográficos e mensagens nas redes sociais sobre o seu perfil profissional. No entanto, não adianta fazer um currículo maluco e tentar condensar um milhão de informações nele", finaliza Martins.

Carreiras: como fazer para vencer o aumento do nível de estresse?

Estudo revelou que 82% dos profissionais pesquisados apresentavam traços de ansiedade em diversos graus.

Infomoney

O panorama de vida saudável entre os profissionais brasileiros, das mais diversas áreas de atuação, parece ficar a cada dia mais distante do ideal.

Estudo da ISMA (International Stress Management Association) revelou que 82% dos profissionais pesquisados apresentavam traços de ansiedade em diversos graus.

Outros 78% sentem-se angustiados em relação ao trabalho, enquanto 52% têm momentos de agressividade em casa oriundos do estresse na empresa. Já 32% têm problemas gastrointestinais. O estudo compreende os anos de 2005 a 2010.

Quadro negativo

Para o diretor da consultoria Portal Fox, Ricardo Piovan, pelo menos nos próximos anos, o quadro negativo tende só a se intensificar no País. Mas, então, como suportar estas crescentes pressões no trabalho?

"Uma das formas de reduzir os problemas e adversidades no ambiente de trabalho é conjugar o verbo aprender. A letra A no começo de algumas palavras têm o sentido de negação, no caso da palavra aprender", afirma o especialista.

Ele completa: "O resultado seria mais ou menos assim: não se prender a conceitos e atitudes antigas, que talvez não funcionem mais nos dias turbulentos de hoje e se prender a novas formas de fazer as mesmas coisas e quem sabe o resultado venha de forma diferente", completa.

Ler e aprender

Evitar o estresse e a pressão no trabalho podem ser coisas não tão fáceis de serem alcançadas. Entretanto, o profissional que conseguir somar disciplina e autocontrole pode se sobressair frente aos outros.

"Talvez o seu problema seja sua relação com o seu chefe complicado ou com os seus colegas de trabalho. Nestes casos, faça um treinamento de gestão de conflitos, para conquistar competências de como agir assertivamente com estas pessoas", orienta Piovan.

Para os profissionais que trabalham na área de vendas, por exemplo, e que não conseguem atingir resultados, a recomendação é ler sobre como persuadir e influenciar pessoas.

"Quer outro exemplo? Talvez você seja um líder e não está conseguindo fazer a sua equipe produzir com eficácia. Então, leia livros de como liderar melhor, faça um treinamento, converse com líderes que conseguem resultados, veja o que eles fazem e o que você não faz", diz o especialista.

"Pressões por resultados melhores, dificuldades nos relacionamentos e instabilidade na empresa são coisas comuns hoje em dia e, como falamos, tendem a ficar mais intensas com esta explosão de crescimento que o nosso país está passando. A diferença entre suportar e superar tudo isto está na forma de lidar com estas questões e talvez esteja na hora de você aprender e desenvolver formas diferentes para resolver velhos problemas", finaliza Piovan.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Geração Y e os desafios das empresas

Segundo pesquisa da consultoria de gestão Hay Group feita com mais de 5,5 mil jovens, esses jovens realmente têm pressa de subir na carreira.

Por Boris Leite, www.administradores.com.br

O que as instituições devem fazer para atrair e reter a nova geração de talentos? Esse tema tem sido recorrente nas empresas. A Geração Y (formada pelos nascidos entre o início dos anos 1980 e meados dos anos 1990) é pautada por valores altruísticos e sempre está à procura de qualidade e crescimento profissional rápido.

Segundo pesquisa da consultoria de gestão Hay Group feita com mais de 5,5 mil jovens, esses jovens realmente têm pressa de subir na carreira. Dos entrevistados, 18% já estão em cargos de chefia. Impacientes e extremamente conectados às novas tecnologias eles prometem revolucionar o mercado.

Do outro lado, as empresas já estão muito mais acostumadas aos funcionários da geração X, emocionalmente ligados ao local de trabalho, analógicos e que admitiam reconhecimento proporcional aos anos de casa. Tal mudança de perfil em tão pouco tempo é impressionante, mas todos devem se preparar.

As instituições ainda possuem o paradigma de reter seus colaboradores, de uma relação profissional de longo prazo. Esse comportamento deve ser reconsiderado: o raciocínio não é mais compatível à geração Y, que preza novas experiências e não se prende às empresas como a geração anterior.

O que deve acontecer nas instituições é a adaptação para esse fluxo. As empresas agora devem aprender que não podem simplesmente focar em reter, mas fazer com que os funcionários Y tenham uma experiência fantástica na empresa e que, mesmo se decidirem sair, possam voltar a trabalhar nela depois de algum tempo e outras experiências profissionais. Um ambiente de aprendizagem é ideal para o perfil desses indivíduos. O levantamento da Hay Group ainda mostra que 93% dos entrevistados desejam continuar no emprego se existir investimento por parte da empresa.

As companhias também devem aprender como este fluxo pode ser importante e saudável para os negócios: pessoas novas trazem idéias, experiências e visões novas, o que sempre é importante no mercado atual, que precisa se renovar constantemente.

Outro aspecto relevante fica por conta da cultura. Esta precisa ser forte e atuar como fator essencial para se tornar realmente um diferencial competitivo para os profissionais que prezam a sensação de pertencimento, se dedicam quando reconhecem uma causa e que querem fazer um trabalho diferente na empresa. 71% dos entrevistados dizem que as referências da empresa devem estar alinhadas aos seus próprios valores pessoais e que a fidelidade não é mais relacionada à empresa, mas aos próprios princípios do individuo.

Por meio do treinamento de líderes e projetos lúdicos para funcionários, o conflito entre as gerações pode ser amenizado. A instituição também deve deixar de lado os paradigmas criados e aproveitar as características positivas, que são muitas: a geração Y é formada por jovens dinâmicos que possuem habilidade com novas tecnologias, não são acomodados, têm amplitude de interesses e são muito bem informados.

Podemos ver exemplos de sucesso nessa relação em muitas empresas que assimilarem muito bem o momento. Dentre as principais iniciativas, estas companhias oferecem horário flexível de acordo com o perfil do novo colaborador que é incentivado a refletir e a criar um ambiente agradável de trabalho.

Boris Leite - é presidente da Axialent Brasil

quarta-feira, 9 de março de 2011

Características femininas são as mais apreciadas por empresas durante crise

Algumas atitudes masculinas, entretanto, ainda são bem vistas e essenciais nas corporações.

Em momentos de crise, as características femininas são as mais valorizadas por uma empresa. Ao menos, esta é a opinião do consultor organizacional e presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, Eduardo Shinyashiki.

De acordo com ele, cada vez mais as empresas necessitam de líderes com características típicas femininas, como flexibilidade, adaptabilidade, inovação, imaginação, comunicação, capacidade de ouvir.

"Essa percepção "sentida", mais emocional, passou a ser mais exigida, tanto no que diz respeito à equipe como no mercado. Em tempos de crise, acentua-se ainda mais a necessidade do cotidiano, tornando mais importantes esses atributos", explica.

Características masculinas

Apesar da crescente valorização e importância das características femininas nas empresas, algumas atitudes masculinas ainda são bem vistas e essenciais nas corporações, alerta o especialista. Entre elas, estão o foco nos resultados e a objetividade.

Além disso, ressalta ele, é importante lembrar que tanto homens como mulheres podem ser bons ou maus líderes. Muitas mulheres, exemplifica, por insegurança acabam cometendo equívocos e se utilizando somente do lado negativo da liderança masculina.

"O universo da liderança tem uma mescla das qualidades femininas e masculinas ( ...) O que é importante ressaltar é que as empresas têm passado por um processo de feminilização e características que até pouco tempo atrás eram consideradas pouco adequadas à gestão de uma empresa começam a ser consideradas importantes para promover mudanças nas organizações, e para guiar os colaboradores nos novos desafios que os tempos atuais exigem".

Frágil aprendizado pode afetar carreira profissional de estudantes

Pesquisadora aponta que parte deles não consegue apreender em sua totalidade os significados dos conceitos que são transmitidos em sala de aula.

InfoMoney

Ao analisar o comportamento de universitários do curso de administração, a pesquisadora Neuza Abbud chegou à conclusão de que parte deles não consegue apreender em sua totalidade os significados dos conceitos que são transmitidos em sala de aula. A constatação, em especial visando o futuro ingresso desses alunos no mercado de trabalho, pode ser preocupante.

Segundo Neuza, pensadores e estudiosos consideram que executivos eficientes no mundo global devem revestir seu desempenho com atributos de empreendedorismo, criatividade e racionalidade técnico-científica, saber pensar na teoria e prática.

"Tais atributos são características essenciais para a concepção, execução e avaliação de inovações e descobertas, tanto no campo de projetos quanto no caso de produtos concretos", diz Neuza.

Ela completa: "Eles não têm independência para raciocinar e proceder em suas atitudes de forma lógica, porque estão condicionados a apenas reproduzir".

Observação

De acordo com informações da Agência USP, a especialista solicitou aos alunos que fizessem uma redação sobre temática que os conduzisse ao relato de atividades vinculadas ao curso, que eles empreendiam profissionalmente. Além disso, eles deveriam descrever as dificuldades e como viam a ligação desta atuação ao que foi aprendido no primeiro semestre do curso de administração.

"Qualquer palavra era o suficiente para que eu fizesse o aluno se perguntar sobre quanto do significado desta palavra ele realmente entendia. Por meio de perguntas e mais perguntas, o estudante era instigado a refletir em busca de uma resposta, confirmando, ao final, o que poderia vir a ser o tema do pré-projeto científico a ser estruturado com base no método científico", descreve Neuza.

"Os estudantes acabam emitindo opiniões do senso comum e não desenvolvem críticas ou raciocínios inovadores por ausência de argumentos que eles mesmos já tenham refletido a respeito", destaca.

sábado, 5 de março de 2011

Conflito de gerações e coaching

Eliana Dutra, diretora executiva da Pro-Fit Coaching e vice-presidente da ICF Brasil, faz uma análise sobre como o coaching pode contribuir para minimizar o impacto do conflito de gerações.

Quando eu era adolescente, estava na moda falar de conflito de gerações. Éramos os Baby Boomers causando estranheza a nossos pais, a Geração S (Silent Generation). Lembro que, na época, ao ouvir toda aquela conversa sobre conflito de gerações pensava que estava tudo muito superestimado. Pensava: “o problema não é uma questão de geração, o problema é que nossos pais estão realmente ultrapassados”.

O tempo passou e tive uma filha. Ela cresceu, tornou-se uma mulher e comecei a pensar que talvez meus pais não estivessem tão errados. Bem, se você tem mais de 30 anos provavelmente já conhece o resto desta história: hoje, revendo o que diziam para mim quando adolescente, percebo como eles eram sábios e o quanto tinha a aprender com eles.

Lembro também que quando a Geração X entrou na vida corporativa não se percebia grandes conflitos dentro das organizações, pois apesar deles não gostarem de regras, entendiam que as empresas eram um “mundo diferente" e ainda era a época do “manda quem pode obedece quem tem juízo”.

Atualmente, junto com as mídias alternativas do mundo da internet, está nas empresas uma nova geração: os “Y’s”, filhos da Geração X e netos dos Baby Boomers. Eles não têm medo de hierarquia, se sentem especiais e querem ser tratados como tal. São ambiciosos e como frutos da “era da informação” querem aprender cada vez mais, até porque o excesso de informação e sua fragmentação não os confundem.

No Brasil, esta geração chega ao mundo empresarial numa década de grande crescimento do país. Em quase toda empresa ouço um Baby Boomer dizendo (com orgulho): “Na verdade, eu já estava pensando em me aposentar, mas a empresa pediu para eu ficar um pouco mais” ou “Eu já estava trabalhando em outra coisa, mas eles me chamaram de volta para trabalhar aqui”.

Indústrias, como a Naval, por exemplo, ressurgiram com força convocando profissionais de experiência para trabalhar e liderar duas gerações muito diferentes. Não há porque se espantar que haja conflitos.

Imagine juntar na mesma sala o sujeito da geração Baby Boomer, que abriu mão de ser hippie para sustentar a família; o cara da Geração X que pensa: “manda quem pode obedece quem tem juízo” e a garotada Y para quem é natural “falo o que penso, não importa seu cargo”.

A primeira coisa que se ouve é a reclamação de que eles não respeitam nada. O que isso me lembra? Ah! O que é mesmo que meu avô dizia quando via chegar meu primo de cabelo comprido, sapato sem meia e camisa para fora da calça? Pois é, é a mesma história que se repete.

Mas o que tudo isto tem a ver com coaching? De acordo com a maioria das pesquisas, a questão financeira aparece como um dos três fatores mais importantes que precisam estar presentes na empresa para atrair e reter a Geração Y. Os outros dois são: aprendizagem e desenvolvimento e horário de trabalho flexível. A boa notícia é que o aprendizado e o desenvolvimento são considerados por eles ainda mais importante do que o dinheiro, o que não é de espantar já que nasceram na era da informação.

Então, como os Y’s não têm o mesmo tipo de respeito pela autoridade das gerações anteriores, como querem ter maior responsabilidade, ter voz ativa e fazer diferença e como, por causa disso tudo, muitas vezes tomam iniciativas sem considerar a hierarquia e a experiência anterior, precisam compreender os limites do que sabem e do que ainda não sabem.

Além disso, por terem a tendência a trabalhar cooperando uns com os outros é fácil eles perderem o foco do trabalho que precisa ser realizado e fazer só o que têm vontade de fazer. Por isso, os Baby Boomers e a Geração X precisam urgentemente de uma nova ferramenta para lidar e liderar esta turma, e a técnica de coaching é a mais recomendada.

Aprendendo a prática de coaching, o gestor Baby Boomer, que tem a tendência de ser diretivo, aprende a ouvir as ideias e, assim, a Geração Y se sente especial por poder contribuir produtivamente. Aprende ainda a perguntar de forma estruturada, o que tornará sua vida mais fácil do que ficar lutando para impor suas diretrizes e, simultaneamente, leva tanto a Geração Y como a X a descobrir não só o limite de seu conhecimento como também novas respostas que tinha dentro de si e nem sabia.

O gestor da Geração X aprende a ajustar seu estilo de liderança à situação e ao tipo de equipe. Aprende a desenvolver um ambiente de segurança e confiança (o que eles gostam, mas não sabem como fazer).

A Geração Y adora e aprende rápido a fazer coaching não só com a sua equipe, mas também em pares e, nenhuma surpresa, com os próprios chefes. Outro dia conversando com uma executiva ela me falou: “foi bom para minha equipe passar pelo treinamento de coaching. Agora, a cada vez que eu levanto um problema minha equipe de Y’s se torna coach e me pergunta: e quais são as alternativas de solução? E o melhor é que estamos realmente encontrando soluções inovadoras”.

Grandes empresas multinacionais como a IBM e a Nokia ensinam coaching aos gestores há anos. Empresas nacionais como a Golden Cross e a Sulamerica também o fazem. O importante é perceber que há, hoje, quatro gerações convivendo no mercado corporativo e que conflitos entre elas são inevitáveis. Porém, por meio do coaching, os gestores descobrem como minimizar esses efeitos, fortalecendo suas equipes e atingindo excelência.


Eliana Dutra (Diretora executiva da Pro-Fit Coaching e vice presidente da ICF Brasil)

Especialização ajuda a abrir portas na hora da recolocação profissional

Das seleções em empresas a concursos públicos a formação é um diferencial decisivo.

Por Redação, www.administradores.com.br

O mercado tem exigido qualificações cada vez maiores dos profissionais. Nesse cenário, os mais preparados, certamente, sairão na frente. Por esse motivo, cursos do tipo lato sensu – que incluem os MBAs e as especializações – estão sendo muito procurados. Especialistas apontam que esse tipo de formação conta muito na hora da recolocação profissional.

De acordo com a professora Verônica Maria Teresi, da pós-graduação em Direito da ESAMC Santos, empresas, ONGs, faculdades, organismos internacionais e até mesmo concursos públicos, veem dando prioridade para as pessoas com lato sensu. "Profissionais com perfil de constante atualização têm mais possibilidades mercadológicas, pois apresentam características de contínuo aperfeiçoamento", revela Verônica.

Para Larissa Salgado, 26 anos, formada em Propaganda e Marketing na mesma instituição, a pós-graduação ajuda a ampliar o setor de atuação. "Acredito que, em qualquer profissão, estar atualizado é muito importante. E, um MBA, uma pós-graduação é uma excelente oportunidade de se atualizar e de conhecer outras áreas, outros profissionais", diz.

"Os MBAs e especializações passaram a ser um importante passo na formação e profissionalização dos profissionais, seja qual for a área de atuação. Porque dão ferramentas para outros voos e colocações em nichos diferentes. Assim, tornam-se espaços de formação e de atualização importantes", finaliza a docente Verônica Maria Teresi.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Está desanimado com sua carreira? Descubra como reverter a situação

O impacto no desempenho é uma das primeiras consequências desse estado de desânimo prolongado.

InfoMoney

O desânimo pode ser considerado um mal no mundo corporativo atual, que privilegia o estado de alerta e de atividade constantes. Perder a disposição para trabalhar, no entanto, pode ser uma consequência desse cenário, para muitos, cansativo, mas que passa com um período de descanso. O problema é quando esse sentimento se mantém por um longo período. Quando isso acontece, talvez seja hora de reavaliar a carreira.

E foi isso que a publicitária Ana Cláudia Fernandes, 29, fez. Ela trabalhava em uma empresa de tecnologia, como analista de mercado, quando o estado de desânimo passou a ser permanente. "Eu não estava feliz", diz. E a primeira consequência disso foi nos resultados, que começaram a ficar abaixo do que a publicitária poderia alcançar.



O impacto no desempenho é uma das primeiras consequências desse estado de desânimo prolongado. Mas esse pode ser o menor dos problemas. "Essa desmotivação no trabalho pode afetar a vida pessoal, a qualidade de vida dessa pessoa", afirma a psicóloga e presidente da ISMA-BR (International Stress Management Association), Ana Maria Rossi. "A pessoa passa a não ter mais prazer na vida, pode passar a ter comportamentos que geram conflitos e até chegar a se valer de álcool e drogas", alerta.



Ana não chegou a esses extremos em sua vida pessoal, mas chegou ao extremo na vida profissional. Depois de alguns meses, ela trocou de emprego. "Eu não estava na empresa certa pra mim. Não me identificava com a cultura dela. E acho que quem não se identifica deve sair mesmo", acredita. Dessa vez, a publicitária acertou na escolha e trabalha em uma empresa cuja cultura condiz com o seu perfil profissional.



Sem forças para continuar


"Se há um desânimo, é porque tem algo errado", afirma a consultora da Career Center Claudia Monari. Para a consultora, são vários os motivos que podem levar os profissionais a um estado de desânimo profundo. "O clima pode não ser amistoso, ou existe muita pressão. Isso pode gerar desânimo", aponta a gerente de Recursos Humanos da Personal Service, Marcela Melissa.



A especialista ainda coloca na lista a própria frustração do profissional com a área na qual atua. "Muitas vezes, ele criou uma expectativa que não foi suprida", diz. Nessa hora, o melhor é se fazer perguntas pouco confortáveis. "Será que você está satisfeito e realizado? O profissional precisa se auto-perceber e tomar consciência da sua própria situação", considera Marcela.



Um desafio muito além ou muito aquém da capacidade do profissional também pode gerar descontentamento. "A pessoa pode estar pouco ou muito qualificada para executar esse trabalho", afirma Ana Maria, da ISMA-BR. "Nesse caso, há um desequilíbrio entre o que ela pode fazer e o que ela tem para fazer", considera. A psicóloga explica que casos como esses geram frustração.



Mas não é só isso. Recompensas financeiras desalinhadas com o trabalho executado pelo colaborador e a falta de reconhecimento pelo desafio superado também levam os profissionais a perderem suas forças. Tudo isso sem contar os problemas pessoais, que interferem – e muito – no desempenho de qualquer pessoa, principalmente entre aquelas que unem os dois campos da vida, o profissional e o pessoal.



Para além das próprias motivações, outro fator que pode desencandear a desmotivação é o líder. "O mais comum é quando há uma troca de gestão, porque há uma mudança na forma de trabalho", afirma Claudia. Marcela ressalta que o profissional precisa perceber se a liderança imediata o ajuda a se desenvolver. "Ele transforma você em um profissional com mais 'know how'?", questiona a gerente de RH.



Mude e melhore seu desempenho


Apesar de o líder ser um dos motivos que podem gerar desânimo, ele também é parte da solução do problema. "Ele precisa chamar a equipe para si e ficar atento aos sinais de desânimo", avalia Marcela, da Personal Service. Isso porque, um profissional desmotivado pode contaminar uma equipe inteira. "Dependendo da maturidade dessa equipe, ela traz esse profissional de volta ou começa a pensar como ele", afirma.



Por isso, quando constatados os motivos que levaram o colaborador a perder as forças, muitas vezes, uma conversa com a liderança pode melhorar o desempenho e reverter a situação. "Se for pelo fato do desafio ser grande demais, o líder pode ser um coaching. No caso contrário, ele pode mostrar para o profissional o que falta para ele conseguir alcançar esse desafio maior", explica Claudia, da Career Center.



Até chegar nessa etapa, porém, os questionamentos devem ser colocados sobre a mesa. Para as especialistas, são elas que tiram o colaborador da sua zona de conforto, podem resultar em respostas ainda mais desconfortáveis, mas são os únicos meios de fazer o profissional entender o que está acontecendo com ele e com sua carreira. E, com essas respostas, é possível chegar a uma solução e melhorar o desempenho profissional, como fez a publicitária Ana.



Antes de decidir mudar de empresa, ela fez uma autoánalise para constatar o que a incomodava. E descobriu que o seu descontentamento advinha de determinados fatores. "O clima não era confortável, as pessoas eram distantes, havia uma ausência de autonomia para atuar e não havia espaço para o meu crescimento profissional", explica.



Ela só chegou a essas conclusões porque fez um balanço de sua carreira e do seu perfil profissional. Fazer isso requer tempo e uma dose cavalar de autoconhecimento e sinceridade consigo mesmo. A tarefa não é simples, mas precisa ser feita se o profissional quiser sair desse estado de desânimo, na avaliação de Claudia, da Career Center. "A melhor coisa que ele tem de fazer para resolver esse problema é se conhecer bem e ter um objetivo de carreira definido, porque ainda que ele passe por obstáculos, ao menos ele sabe o caminho que ele está trilhando".

quinta-feira, 3 de março de 2011

Como funciona a força de vontade?

Começar ou terminar tarefas ou compromissos pode ser extremamente difícil para algumas pessoas. É que a força de vontade é um recurso limitado. Mas se você conhecer melhor o assunto, poderá melhorar sua performance em vários aspectos.

 Por Rodolfo Araújo 

Se a leitora é dessas que tem problemas com sua força de vontade e vive se decepcionando por não atingir metas e objetivos pessoais - como perder peso, parar de fumar ou economizar um pouco mais - então tenho uma boa e uma má notícia.



Carrots and Sticks A má notícia é que a força de vontade é um recurso limitado, como quase tudo na vida. Em termos de atingir objetivos, isso significa uma capacidade finita de manter o foco, como explica Ian Ayres, professor de Direito de Yale e autor de Carrots and Sticks: Unlock the Power of Incentives to Get Things Done, lançado em setembro do ano passado.



Em termos práticos, quando você se concentra muito em um plano, acaba deixando outro de lado - ou mesmo usando-o para compensar o primeiro.

Na tentativa de largar um vício, muita gente acaba trocando-o por outro. Estudos mostram que entre 20% e 30% de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica acabam adquirindo outras compulsões para substituir seu antigo apego à comida, como fumar, beber, jogar ou até mesmo comprar.



Quando nos comprometemos a deixar um mau hábito, é preciso avaliar as possíveis consequências que o sucesso podem acarretar. Como a velha piada do sujeito que começou a tricotar para parar de fumar e, logo depois, precisou voltar a fumar para parar de tricotar.



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De fato, há uma explicação para a abstinência nos enfraquecer. O professor Roy Baumeister, da Universidade da Flórida, demonstrou esta correlação num curioso experimento: alunos deveriam resolver um quebra-cabeças enquanto resistiam a um prato de determinada iguaria.



A primeira maldade do experimento era que um grupo não poderia comer hipnotizantes cookies recém-saídos do forno, enquanto que o outro deveria evitar apetitosos... rabanetes! A segunda maldade era que o puzzle não tinha solução e, portanto, o objetivo real do experimento era descobrir quem desistia mais cedo.



Rabanetes
Rabanetes? Hummmm... que delícia!
Pois bem, resistir a cookies era demais para as cabecinhas do respectivo grupo e, em média, elas aguentavam apenas metade do tempo do outro grupo - o dos inigualáveis rabanetes.

Noutro estudo, o mesmo Baumeister testou outras emoções das suas cobaias, digo, voluntários. Divididos em dois grupos, eles deveriam assistir um trecho de Robin Williams em “Uma babá quase perfeita” e outro de Deborah Winger dando adeus a seus filhos em “Laços de Ternura”.

Ao primeiro grupo, porém, era pedido que controlasse suas emoções, ou seja, que não rissem com Williams e não chorassem com Winger. Já o segundo grupo poderia extravasar.

Depois disso, ambos os grupos deveriam resolver anagramas1. O grupo dos psicopatas sem-emoções resolveu uma média de 4,9 problemas, enquanto que os chorões-risonhos atingiram 7,3. Sua conclusão sugeria que pessoas que lutam para controlar determinados sentimentos esgotam a energia necessária para outras tarefas.

O gran finale da obra de Baumeister veio na comprovação de sua teoria de que focar a atenção num determinado ponto reduzia os níveis de açúcar no sangue que, por sua vez, causava a piora na performance.

Neste engenhoso experimento, dois grupos assistiam um vídeo onde palavras aleatórias apareciam na tela de vez em quando. O primeiro deveria prestar atenção nos termos, enquanto que o segundo deveria ignorá-los. Com efeito, os que prestaram atenção tiveram uma redução de 6% na taxa de açúcar no sangue, ao passo que o outro grupo permaneceu inalterado.

Ao serem postos para resolver o famoso teste de Stroop2, o primeiro grupo tinha muito mais dificuldade do que o segundo. A cereja do bolo veio quando na variação seguinte Baumeiter deu uma açucarada limonada ao primeiro grupo que, assim, igualou os resultados do segundo nos testes posteriores.

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E qual a boa notícia? Bem, a boa notícia é que vou escrever a outra parte desse texto. Onde contarei como dar uma ajudinha à sua força de vontade. E não, não é para você ficar tomando limonada com muito açúcar. Tenho mais do que isso a sugerir... Até lá!

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1. Descobrir a palavra ou frase oculta num emaranhado de letras, como em RAONOSTSOEPVIA.

2. Dizer qual a cor da letra de determinada palavra, sendo que a palavra é o nome de uma cor diferente. Por exemplo: VERDE.

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